O cancro da laringe corresponde, em todo o mundo, a 1
- 2% de todos os tumores (Parker, Tong &- Bolden , 1997, citado por Behlau,
2001). Este é considerado o mais comum dentro dos da cabeça e pescoço (Ward e van
As-Brooks, SD e Behlau, 2001). Anualmente são diagnosticados aproximadamente
12.500 casos desta neoplasia. Essa incidência está a aumentar gradativamente
nos EUA. Actualmente encontra-se em torno de 10 casos/100.000 habitantes. É
predominante no sexo masculino e na sexta a sétima décadas. Menos de 1% dos
casos ocorrem em idades inferiores aos 30 anos.
Este
tipo de diagnóstico pode ser destruidor para o paciente e para a sua família,
no entanto, quando é feito e tratado precocemente oferece ao indivíduo boa
sobrevida (Belhau, 2001). Apesar de tudo, nos casos em que o tratamento inclui
a Cirurgia, o doente depara-se com sequelas irreversíveis e de grande impacto
psicossocial, sobretudo na laringectomia total: perda da voz laríngea, factor importante
da identidade pessoal, traqueostoma permanente, mutilação evidente, entre
outras alterações (Morente & Torres, 2004, Behlau, 2001).
Todas as pessoas acima de 40 anos que apresentem
rouquidão progressiva há mais de 1 mês necessitam de uma investigação com exame
detalhado da laringe para esclarecimento do diagnóstico. Isso é ainda mais
importante se o paciente for fumador de longa data. Os médicos devem estar
sempre atentos às queixas de de dor ou dificuldade a engolir, sendo nesses casos
obrigatório o exame da faringe e esófago.
. Etiologia
A
neoplasia laríngea tem maior incidência em homens de idades superiores a 50/60
anos (Behlau, 2001). Embora não seja possível demonstrar nenhum factor
etiológico totalmente responsável, a associação entre o aparecimento da
patologia e a permanência de alguns hábitos pessoais, como o consumo de álcool
e tabaco, parecem ser os maiores causadores desta patologia.
Também exercem influências alguns produtos tóxicos (benzopirenos
e asbesto), deficiências alimentares múltiplas, determinadas doenças
ocupacionais, vírus do Papiloma Humano (HPV) (principalmente os do tipo 16, 18
e 33) e laringites crónicas (por refluxo ou por mau uso e abuso vocal).
Acredita-se que o que ocorre é uma complexa interacção destes vários factores. (Barros,
2000)
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