Bem - Vindo ao Meu Espaço

Olá a todos!

Sou terapeuta da fala desde 2008 e desde então que exerço o que para mim é a melhor profissão do mundo!

Trabalho em diferentes contextos:

🏡Domiciliar (grande Porto);

💻Sessões por videochamada;

🏣Clínica;

Sou uma profissional em constante formação. Sou mestre em psicopatologia da comunicação e linguagem, pós-graduada em comunicação, linguagem e fala e formada nos 3 níveis de processamento auditivo central. Além disso, participo em várias formações de curta duração nas temáticas da linguagem oral e escrita, em perturbações dos sons da fala e autismo.

A minha grande paixão é a área da linguagem oral e escrita e por isso participo regularmente em formações para educadoras de infância e professores do 1º ciclo.

Neste blog poderá consultar os principais sinais que poderão requerer uma intervenção profissional, bem como os métodos e soluções atualmente utilizadas no âmbito da Terapia da Fala.

Se tiver alguma dúvida ou desejar marcar uma consulta de avaliação, não hesite em contactar-me. 📩

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Escrita



O desenvolvimento da linguagem verbal e escrita está dependente da quantidade e qualidade de estímulos a que a criança está exposta (Lentin, 1990). 
       A linguagem escrita, segundo Zorzi (1998), é um sistema simbólico que aparece no decorrer do desenvolvimento da linguagem oral. Aparece então um segundo sistema simbólico que se divide num subnível receptivo (leitura) e num subnível expressivo (escrita) (Sim-sim, 1997). Ler e escrever são conhecimentos que não podem ser reduzidos ao facto de dominar letras, descodificá-las, ou traçá-las. É necessário também conhecer as diversas funções que a linguagem escrita assume em termos sociais e as variadas formas em que é usada (Zorzi, 2003). Só se pode afirmar que ma criança sabe verdadeiramente ler quando sabe fazer a descodificação grafema-fonema e quando consegue compreender o que está a ler.     
       Num dado momento da vida de uma criança, começa-se a evidenciar situações formais de ensino cujo objectivo é a aprendizagem da leitura e da escrita. Normalmente, as propostas de alfabetização têm como finalidade expor a criança, sistematicamente, a um determinado método para desenvolver a escrita. A alfabetização consiste num domínio de uma “mecânica” onde se aprende a codificar sons em letras para poder escrever e letras em sons para poder ler. Uma vez que a escrita não é mais do que uma transcrição da oralidade, torna-se importante que a criança ouça bem para que fale bem e daí escreva bem (Zorzi, 1998).
       A escrita é vista como uma representação simbólica, correspondendo à aquisição de uma nova língua. Esta não se desenvolve espontaneamente e necessita de recorrer ao ensino formal para desenvolver competências relacionadas com a extracção de significado de cadeias gráficas (leitura) e com a produção de cadeias gráficas dotadas de significado (expressão escrita). Estas competências, embora distintas, relacionam-se constantemente com as da linguagem oral, nomeadamente, as competências ao nível da compreensão oral, ao nível da expressão oral, bem como com as competências relacionadas com a progressiva consciencialização e sistematização do conhecimento implícito do uso da língua (Sim-sim, 1997). 
Dada a complexidade deste sistema, observa-se um processo de apropriação gradual pela criança. As crianças são aprendizes activos e não passivos, pois constroem conhecimentos e transformam a língua escrita num objecto de conhecimento. Estas fazem simplesmente uma assimilação das informações que o meio nos fornece. Aprender a escrever não se limita a associar letras e sons ou a fixar a forma das palavras, mas sim corresponde a um processo de conceitualização da linguagem.
       É fundamental saber e entender o processo gradual de construção do sistema ortográfico e as dificuldades a ele inerentes. Este conhecimento possibilita uma perfeita distinção entre dificuldades da aprendizagem e distúrbios da aprendizagem. No que diz respeito aos distúrbios da aprendizagem torna-se importante saber o que é disortografia e disgrafia, daí as seguintes definições:
  •  Disortografia- consiste num “(…) conjunto de erros de escrita que afectam a palavra mas não o seu traçado ou grafia” (Garcia Vida, 1989, cit in: Torres & Fernández). Quando se fala em disortografia dá-se importância à aptidão para transmitir o código linguístico falado ou escrito por meio de grafemas ou letras correspondentes, respeitando a associação correcta entre os sons e as letras, as pecularidades ortográficas de algumas palavras em que essa correspondência não é tão clara, e as regras de ortografia. Muitas vezes os erros ocorrem porque as crianças cometem erros na fala (ex. substituições de sons) e estas alterações podem.se reflectir na escrita. Pois no inicio as crianças escrevem exactamente como falam. Portanto, muitas vezes é necessário resolver o problema de linguagem verbal para que as crianças deixem de dar erros na escrita. Nesta alteração muitas vezes o Terapeuta da Fala tem um papel importante em termos de intervenção. 
  •  Disgrafia- este conceito é abordado em dois contextos: o contexto neurológico relativo às afasias e a abordagem funcional da disgrafia. No primeiro estão incluídas as agrafias que constituem uma manifestação da afasias e implicam anomalias do grafismo, as quais representam, de certo modo, equivalentes articulatório da linguagem. No segundo trata-se de perturbações da escrita que surgem em crianças, e que não correspondem a lesões cerebrais ou problemas sensoriais, mas a perturbações funcionais. Estas são mais fáceis de tratar do que as que têm um substrato neurológico, e são por isso mais susceptíveis de intervenção. Disgrafia é, no fundo, uma perturbação do tipo funcional que afecta a qualidade da escrita do sujeito, no que se refere ao traçado ou à grafia (Torres & Fernandez, 2001). Nesta alteração o Terapeuta da fala não é o profissional com competências para ajudar estas crianças. 



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Prematuridade



Hoje é o dia mundial da prematuridade, 17 de Novembro e por isso recolhi algumas informações sobre os bebés prematuros e o seu desenvolvimento e como o Terapeuta da Fala os poe auxiliar na primeira fase da vida destas crianças

O bebé que nasce com menos de 37 semanas de gestação (36 semanas e 6 dias) é considerado prematuro, ou pré-termo. 

O prematuro pode ser classificado de acordo com a idade gestacional, sendo o prematuro limítrofe aquele nascido entre 37 e 38 semanas; moderado nascido entre 31 e 36 semanas e prematuro extremo aquele nascido entre 24 e 30 semanas de idade gestacional.

Quanto ao peso de nascimento, denomina-se os bebês com menos de 2kg como baixo peso, muito baixo peso os com menos de 1,5kg e extremo baixo peso aqueles com peso menor que 1kg.

Características do prematuro:

  • Geralmente tem baixo peso ao nascer
  •  Pele fina, brilhante e rosada
  • Veias visíveis
  • Pouca gordura sob a pele
  •  Pouco cabelo
  • Orelhas finas e moles
  •  Cabeça desproporcionalmente maior do que o corpo;
  •  Musculatura fraca e pouca atividade corporal;
  • Poucos reflexos de sucção e deglutição
Causas do parto prematuro:
  • Gravidez múltipla;
  • Idade avançada da mão;
  • Problemas genéticos;
  • Excesso de líquido amniótico;
  • Excesso de esforço;
  • Alterações placentárias;
  • Infecções;
  • ....
Problemas que podem surgir em crianças prematuras :

  • Problemas respiratórios, cardiovasculares, digestivos e neurológicos;
  • Infecções; 
  • Paralisia cerebral;
  • Deficiência auditiva e/ou visual;
  • Problemas de aprendizagem;
  • Atrasos de desenvolvimento da linguagem;
  • ...
Terapeuta da Fala e crianças prematuras:
  •  Incoordenação de sucção e deglutição; 
  • Utilização de sonda gástrica; 
  • Sucção fraca; 
  • Falhas respiratórias e /ou durante a alimentação;
  •  Reflexo de vómito exagerado e episódios de tosse durante alimentação; 
  •  Irritabilidade severa ou problemas comportamentais durante a alimentação; 
  • subnutrição; 
  • História de pneumonias; quando existir preocupação com aspiração;
  •  letargia durante a alimentação;
  •  Período de alimentação mais longo que 30 – 40 min;
  •  Vómitos, refluxo nasal, refluxo gastroesofágico;