Bem - Vindo ao Meu Espaço

Olá a todos!

Sou terapeuta da fala desde 2008 e desde então que exerço o que para mim é a melhor profissão do mundo!

Trabalho em diferentes contextos:

🏡Domiciliar (grande Porto);

💻Sessões por videochamada;

🏣Clínica;

Sou uma profissional em constante formação. Sou mestre em psicopatologia da comunicação e linguagem, pós-graduada em comunicação, linguagem e fala e formada nos 3 níveis de processamento auditivo central. Além disso, participo em várias formações de curta duração nas temáticas da linguagem oral e escrita, em perturbações dos sons da fala e autismo.

A minha grande paixão é a área da linguagem oral e escrita e por isso participo regularmente em formações para educadoras de infância e professores do 1º ciclo.

Neste blog poderá consultar os principais sinais que poderão requerer uma intervenção profissional, bem como os métodos e soluções atualmente utilizadas no âmbito da Terapia da Fala.

Se tiver alguma dúvida ou desejar marcar uma consulta de avaliação, não hesite em contactar-me. 📩

sexta-feira, 3 de maio de 2013

reabilitação vocal

Reabilitação vocal em laringectomizados totais


O objectivos da reabilitação vocal após uma laringectomia total é a restauração da comunicação oral do indivíduo, permitindo que ele se reintegre nas suas funções sociais e, sempre que possível, na sua vida profissional. (Behlau et al, 2005)
Para isso existem 3 possibilidades:
  • Uso de prótese electrónica — Laringe electrónica;
  • Voz esofágica;
  •  Uso de prótese fonatória — Voz traqueoesofágica

Importa realçar que qualquer que seja a opção de reabilitação, para além da questão vocal propriamente dita, o terapeuta da fala deverá também trabalhar os aspectos articulatório dos sons da fala, em função da qualidade vocal do indivíduo laringectomizado total. (Lourenço, 1999, cf. Behlau et al, 2005)

Comunicação com voz traqueoesofágica

As dificuldades encontradas em numerosos doentes para conseguir a voz esofágica e as limitações sociais que tal provocava, levaram a que alguns médicos e terapeutas criassem novas soluções para o problema.

Assim, actualmente, as próteses fonatórias além de serem uma alternativa de comunicação após a laringectomia total, podem ser indicadas nos casos de insucesso da voz esofágica.
Estas próteses consistem numa válvula unidireccional. Para inseri-las é necessário que se efectue cirurgicamente uma fístula traqueoesofágica.

Denomina-se voz traqueoesofágica em função do uso do ar que é desviado da traqueia para o esófago.
A voz é produzida pelo bloqueio digital da saída do ar pulmonar pelo traqueostoma, direccionando, assim, o ar expiratório para a fístula que, por sua vez, o conduz ao esófago, a partir de onde será trabalhado pelos articuladores e ressoadores do aparelho fonador.

A emissão é bastante semelhante à de um excelente falante esofágico, com a vantagem da utilização do ar pulmonar, o que favorece um tempo de emissão mais longo, semelhante aos falantes normais.

Há maior encadeamento da fala e melhor inteligibilidade.

A criação da fístula traqueoesofágica pode ser realizada no momento da laringectomia total — procedimento primário; ou após a cirurgia, num segundo momento — procedimento secundário.

A produção vocal é praticamente imediata, sendo que a qualidade vocal e as habilidades gerais de comunicação melhoram com a prática.


Vantagens:
- Maior rapidez no restabelecimento da comunicação sonora,
- A frase tem o mesmo comprimento que o conseguido com a voz laríngea,
- Possibilidade de falar ao telefone,
- A voz produzida é grave podendo confundir-se com uma voz disfónica,


Desvantagens:
- A escolha de uma prótese de manipulação própria exige um bom controlo manual e visual, assim como a aceitação desse manuseamento
- As outras próteses tornam o doente totalmente dependente do médico quando a substituição se torna necessária (porque a pataleta que auxilia a sua introdução é cortada). (Behlau e tal,2005)