Bem - Vindo ao Meu Espaço

Olá a todos!

Sou terapeuta da fala desde 2008 e desde então que exerço o que para mim é a melhor profissão do mundo!

Trabalho em diferentes contextos:

🏡Domiciliar (grande Porto);

💻Sessões por videochamada;

🏣Clínica;

Sou uma profissional em constante formação. Sou mestre em psicopatologia da comunicação e linguagem, pós-graduada em comunicação, linguagem e fala e formada nos 3 níveis de processamento auditivo central. Além disso, participo em várias formações de curta duração nas temáticas da linguagem oral e escrita, em perturbações dos sons da fala e autismo.

A minha grande paixão é a área da linguagem oral e escrita e por isso participo regularmente em formações para educadoras de infância e professores do 1º ciclo.

Neste blog poderá consultar os principais sinais que poderão requerer uma intervenção profissional, bem como os métodos e soluções atualmente utilizadas no âmbito da Terapia da Fala.

Se tiver alguma dúvida ou desejar marcar uma consulta de avaliação, não hesite em contactar-me. 📩

domingo, 25 de outubro de 2015

Gaguez



Gaguez
A característica essencial da Gaguez é uma perturbação na fluência normal e organização temporal da fala, inadequadas para a idade do sujeito. Esta perturbação é caracterizada por frequentes repetições ou prolongamentos de sons e sílabas. Podem também estar incluídos outros tipos de perturbação da fluidez da fala, incluindo interjeições, palavras divididas (por exemplo, pausas dentro de uma palavra), bloqueios audíveis ou silenciosos (pausas preenchidas ou vazias na fala), circunlóquios (substituições de palavras para evitar palavras problemáticas), palavras produzidas com um excesso de tensão física, repetições de palavras monossilábicas (“E-E-E-ele”). A alteração na fluência interfere com o rendimento escolar, laboral ou com a comunicação social. Se estiver presente um défice sensorial ou motor da fala, as dificuldades da fala são excessivas em relação às que estariam normalmente associadas com estes problemas.
A intensidade da perturbação varia em função das situações e muitas vezes é mais grave quando há uma pressão social para comunicar (por exemplo, numa exposição na escola ou numa entrevista de emprego). A gaguez muitas vezes não se verifica na leitura oral, no canto ou a falar a objetos inanimados ou animais.
Perturbações e Características Associadas
No início da gaguez o sujeito pode não se aperceber do problema; no entanto, mais tarde, aparece a consciência do problema e uma antecipação ansiosa da sua dificuldade. A pessoa pode então tentar evitar a gaguez através de mecanismos linguísticos (por exemplo, alterando a velocidade da fala, evitamento de certas situações verbais como telefonar ou falar em publico, ou ainda evitar certas palavras ou sons). A gaguez pode ser acompanhada por movimentos motores (por exemplo, piscar de olhos, tiques, tremores dos lábios ou da face, extensões bruscas da cabeça, movimentos respiratórios ou cerrar os punhos). Demonstrou-se que o stress ou a ansiedade podem exacerbar a gaguez. Devido à associação de ansiedade, frustração ou baixa auto-estima, pode produzir-se uma alteração do funcionamento social. Nos adultos, a Gaguez pode ser limitativa da escolha ocupacional ou progresso na carreira. Nas pessoas com Gaguez, a Perturbação Fonológica e a Perturbação da Linguagem Expressiva ocorrem com uma frequência mais elevada do que na população geral.
Prevalência
A prevalência da Gaguez nas crianças na fase pré-pubertária é de 1% e baixa para 0,8% na adolescência. A proporção entre homens e mulheres é aproximadamente de 3:1.
Evolução
Estudos retrospectivos de sujeitos com Gaguez indicam que o aparecimento se produz tipicamente entre os 2 e os 7 anos (com um pico à volta dos 5 anos). Em 98% dos casos o início produz-se antes dos 10 anos de idade. O início é normalmente insidioso, prolongando-se por vários meses durante os quais se produzem anomalias episódicas da fluidez verbal, que passam despercebidas, mas que se vão convertendo num problema crónico. Em regra, a perturbação começa gradualmente com a repetição de consoantes iniciais, palavras que geralmente iniciam uma frase ou palavras longas. De um modo geral, a criança não se apercebe da Gaguez. À medida que a perturbação progride instaura-se uma evolução oscilante. As alterações da fluidez tornam-se cada vez mais frequentes e a Gaguez ocorre com mais frequência nas palavras ou frases mais significativas. Quando a criança tem consciência das suas dificuldades da fala, podem ocorrer mecanismos de evitamento das alterações da fluência e observam-se respostas emocionais. Algumas investigações sugerem que aproximadamente 20 a 80% dos sujeitos com Gaguez recuperam espontaneamente. Habitualmente, a recuperação ocorre antes dos 16 anos.

quinta-feira, 20 de março de 2014

"Um entre muitos - A Historia do José"

Corte no subsidio para alunos com necessidades especiais




Face aos recentes acontecimentos relacionados com o protocolo celebrado entre o Instituto da Segurança Social e a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, gostaria de partilhar a minha experiência profissional. Sou Terapeuta da Fala e trabalho numa clínica psicopedagógica. Todos os casos de crianças, com atestado médico comprovativo da necessidade do apoio especializado e provenientes de agregados familiares de muitos baixos rendimentos, estão com as terapias suspensas por indeferimento ao abrigo do protocolo acima referido. Muitos destes casos são renovações de processos que se iniciaram no ano lectivo anterior, tendo decorrido nesse ano dentro da devida normalidade e legalidade.SUBSÍDIO POR FREQUÊNCIA DE ESTABELECIMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIALLEGISLAÇÃO: Decreto Regulamentar n.º 14/81, de 7 de ABRILDecreto-Lei n.º 170/80, de 29 de MaioDecreto-Lei n.º 133-B/97, de 30 de MAIODecreto–Lei n.º 133-C/97, de 30 de MAIODecreto Regulamentar n.º 24-A/97, de 30 de MAIO

O QUE É?Prestação pecuniária mensal de montante destinada a compensar os encargos económicos com o apoio ou educação específica das crianças ou jovens portadores de deficiência titulares do subsídio familiar a crianças e jovens, até aos 24 anos.QUEM TEM DIREITO?Atribuído aos descendentes, portadores de deficiência, com idade inferior a 24 anos, que se encontrem numa das seguintes situações:• Frequentem estabelecimentos de educação especial, particulares, com ou sem fins lucrativos ou cooperativos, tutelados pelo Ministério de Educação e que impliquem o pagamento de mensalidade;• Necessitem de frequentar estabelecimento particular de ensino regular, após a frequência do ensino especial;• Necessitem de apoio individualizado, pedagógico ou terapêutico específico, adequado à deficiência de que são portadoras;• Frequentem creche ou jardim de infância normal como meio específico de superar a deficiência e de obter, mais rapidamente, a integração social. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:• Requerimento do encarregado de educação ou de quem o substitua, em impresso próprio da Seg. Social (entregue até um mês antes do início de cada ano lectivo);• Prova de matrícula, no caso de frequência de estabelecimento de ensino;•  Declaração de inscrição do estabelecimento pedagógico, referindo o valor da mensalidade;• Declaração de médico especialista que comprove o tipo de deficiência: física, motora, orgânica, sensorial ou intelectual;• Declaração das receitas ilíquidas do agregado familiar;• Prova da despesa anual com a habitação;• Declaração da entidade patronal do encarregado de educação, de não atribuição de subsídio com idêntico fim ou, no caso positivo, qual o seu valor;• Outros documentos exigidos pelo Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social da área da residência. Podem consultar toda a informação no website da Segurança Social:http://www4.seg-social.pt/subsidio-por-frequencia-de-estabelecimento-de-educacao-especial Numa manobra política de ilegalidade a referida legislação não tem sido cumprida pelo Governo, apesar dos desmentidos na comunicação social pelo Ministro Mota Soares.Além da ilegalidade e da demagogia habitual da classe política, escandaliza-me a falta de ética e a quebra de deontologia e sigilo profissional, uma vez que os processos das crianças com atestados médicos e que deveriam ser verificados pela Segurança Social, andam a transitar, sem autorização dos interessados e dos respectivos encarregados e educação e médicos, para os agrupamentos escolares, onde algum técnico ou professor indefere os respectivos processos.O futuro destas crianças esta a ser comprometido pois sem as respectivas terapias a probabilidade de aproveitamento escolar é muito reduzido, aumentando no futuro os encargos sociais em virtude do seu insucesso.Uma vez mais testemunhamos uma medida de injustiça social e de aumento da diferença de classes por parte deste Executivo que permanece impune no claro incumprimento da LEI.