Bem - Vindo ao Meu Espaço

Olá a todos!

Sou terapeuta da fala desde 2008 e desde então que exerço o que para mim é a melhor profissão do mundo!

Trabalho em diferentes contextos:

🏡Domiciliar (grande Porto);

💻Sessões por videochamada;

🏣Clínica;

Sou uma profissional em constante formação. Sou mestre em psicopatologia da comunicação e linguagem, pós-graduada em comunicação, linguagem e fala e formada nos 3 níveis de processamento auditivo central. Além disso, participo em várias formações de curta duração nas temáticas da linguagem oral e escrita, em perturbações dos sons da fala e autismo.

A minha grande paixão é a área da linguagem oral e escrita e por isso participo regularmente em formações para educadoras de infância e professores do 1º ciclo.

Neste blog poderá consultar os principais sinais que poderão requerer uma intervenção profissional, bem como os métodos e soluções atualmente utilizadas no âmbito da Terapia da Fala.

Se tiver alguma dúvida ou desejar marcar uma consulta de avaliação, não hesite em contactar-me. 📩

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Leitura e escrita


Ler é o processo que permite descodificar sinais gráficos, de forma a extrair informação desse material. Escrever é traduzir uma mensagem oral em sinais gráficos com significado. No entanto, leitura não constitui uma competência isolada. Ela faz parte do processo de desenvolvimento da linguagem, sendo, dentro deste processo, a competência de maior complexidade.
Ao contrário do desenvolvimento da linguagem oral, o processo de leitura e escrita não é um processo implícito, ele necessita de ser ensinado de forma explícita. O processo de leitura inicia-se com a percepção e análise visual dos grafemas (letras). Seguidamente esses grafemas (letras) são codificados para as estruturas fonéticas (sons) correspondentes e são integrados numa sintaxe e estrutura frásica com significado.

Dificuldades de leitura e escrita

Os problemas de aprendizagem manifestam-se fundamentalmente na entrada para a escola e reflectem-se na diminuição do desempenho escolar, principalmente quando se apresentam tarefas que requerem linguagem escrita. Podem ser inúmeras as razões para essas dificuldades, tais como:

-Incapacidade geral para aprender
Uma criança que tenha um baixo quociente intelectual terá dificuldades na aprendizagem de todas as matérias escolares, e obviamente também terá dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita.

-Imaturidade na iniciação da aprendizagem da leitura
Estudos referem que a aprendizagem da leitura e escrita deverá ter início apenas quando a criança apresenta um nível de maturidade suficiente. Normalmente, as crianças atingem esta maturidade por volta dos 6 anos e meio, período que coincide com a idade de entrada para o ensino primário. No entanto, nem todas as crianças atingem essa maturidade ao mesmo tempo. Acontece frequentemente que, quando a aprendizagem da leitura tem início precocemente, as crianças podem fracassar nesta tarefa, o que pode posteriormente determinar a instalação de uma atitude negativa em relação à leitura.

-Alterações no estado sensorial e físico
Perturbações mais globais de desenvolvimento, como é o caso de deficiências mentais, défices neurológicos, síndromes, autismo, deficiências auditivas e/ou visuais, ou outros, podem afectar aspectos cognitivos, comunicativos, motores e sociais e tendem a afectar a aprendizagem. Nestes casos, embora existam grandes dificuldades de aprendizagem, estes são secundários a perturbações mais graves.

-Problemas emocionais

-Meio cultural em que a criança está inserida
Este é talvez o factor que aparece, como causa de dificuldades na aprendizagem escolar, em maior percentagem. Vários estudos têm demonstrado a importância de uma estimulação adequada do meio para o desenvolvimento da criança. Uma criança que viva num ambiente que lhe possa fornecer diversas experiências (através da utilização de uma linguagem adequada, utilização de livros, jogos educativos, viagens, etc) tem muito mais oportunidade para adquirir conhecimentos, do que crianças que não tenham esta oportunidade. Desta forma, o meio pode afectar tanto a motivação como o incentivo para aprender.


domingo, 20 de janeiro de 2013

Para perceber melhor o processo de deglutição

o que é a disfagia???


A deglutição pode ser definida como o ato de engolir. Um processo que deve satisfazer os requisitos nutricionais através de mecanismos fisiológicos capazes de obter o alimento, ingeri-los e assimilá-los.
Os músculos faciais, linguais, mastigatórios, faríngeos, esofágicos e respiratórios participam na deglutição.

Problemas de deglutição/disfagia

A disfagia é a alteração da deglutição que aparece devido a uma doença de base ou a uma cirurgia. Esta dificuldade para deglutir pode afectar qualquer parte do tracto da deglutição desde a boca até ao estômago.
São várias as causas que originam a disfagia: paralisia cerebral, traumatismo crânio encefálico, acidente vascular cerebral (AVC), cancro de laringe, trauma medular, tumor cerebral, síndromes, HIV, encefalopatia, esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla, miastenia grave, infecções congénitas, demência, alzheimer, parkinson, paralisia de cordas-vocais, distrofias neuro-musculares, quadros psiquiátricos, cirurgias de tiróide, pescoço e coluna, bebés prematuras e o próprio processo de envelhecimento entre outras causas.
Em alguns casos a disfagia pode ser transitória como, por exemplo, numa situação de próteses dentárias mal adaptadas, ou em fase de recuperação pós cirúrgica.
O diagnóstico e tratamento precoce é essencial para evitar complicações respiratórias e nutricionais.

Sinais de alerta

Se algumas das situações descritas ocorrer com frequência deverá consultar um médico otorrinolaringologista e mais tarde se necessário um Terapeuta da Fala.


• Engasgos frequentes com a comida ou saliva;
• Dor ao engolir;
• Alimentação muito lenta;
• Restos de alimentos na boca após as refeições;
• Perda súbita de peso;
• Preferência por alimentos pastosos;
• Recusa de alimento;
• Pneumonias repetidas num curto espaço de tempo;


Deve-se estar mais atento a estes sinais em pessoas que sofram de alguma doença neurológica, após cirurgias ao pescoço e em pessoas de idade ou que tenha sofrido um AVC.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A terapia da Fala e voz


Produção vocal

A voz é produzida através da vibração das cordas vocais ,estas ficam na zona do pescoço, dentro da laringe. Quando se respira o ar passa pelas cordas/pregas vocais, antes de chegar à traqueia e aos pulmões.

Enquanto se respira as cordas vocais estão abertas, para que o ar consiga entrar nos pulmões.
Quando se fala estas fecham e ficam a vibrar muito perto uma da outra, produzindo som, que é a voz! Então a voz é o som que as cordas fazem quando se juntam e começam a vibrar.

Problemas vocais/disfonia

A disfonia é caracterizada por dificuldade ou alterações na emissão vocal que impede a produção natural de voz.. A designação voz disfónica compreende um grande número de sintomas, como desvios na qualidade vocal, esforço na emissão do som, cansaço vocal, perda de potência/projecção vocal (diminuição do volume), variações descontroladas da frequência fundamental, quebras da intensidade vocal, baixa resistência vocal e sensações desagradáveis na emissão. Refere-se a afonia quando existe uma perda total da voz.
As causas podem ser funcionais (quando não apresenta alterações nas cordas vocais, ou seja, a rouquidão dá-se devido ao uso incorrecto da voz), sendo que estas são o tipo de disfonia, por excelência, o campo de domínio do Terapeuta da Fala. Este tipo de disfonia se não forem devidamente tratadas podem evoluir para as disfonias organofuncionais, neste caso já existem alterações visíveis nas cordas vocais (pólipos, nódulos, edemas de Reinke, alguns granulomas e leucoplasias). Por fim, existem as difonias quesão independentes do uso que se faz da voz. (tumores, malformações laringeas, traumas laringeos, inflamatórias, doenças neurologicas, degenerativas, lúpus, refluxo gastreofágico...)

Sinais de alerta voz

Rouquidão;
Perda da voz;
Pigarro constante;
Dor para engolir;
Sensação de engasgos;
Dor ou ardência na garganta;
Tosse frequente;
Dificuldade para respirar;
Sensação de corpo estranho na garganta;
Cansaço vocal;
Esforço a falar;
Sensação de garganta seca, áspera ou arranhada;

O Terapeuta da Fala não só deverá prevenir as perturbações da voz, como também deverá melhorar a qualidade desta. Intervindo na promoção da saúde vocal, tendo em conta os hábitos vocais adequados e desadequados, na coordenação da respiração com a emissão vocal e, na reabilitação vocal.